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Dia 11 de setembro de setembro e seu impacto no Brasil e no mundo.


O atentado terrorista às Torres Gêmeas completa 23 anos no dia 11 de setembro. No total, 2.977 pessoas foram mortas nos ataques em Nova York, Washington e arredores da Pensilvânia. Os ataques incluíram quatro aviões sequestrados: o primeiro atingiu o World Trade Center às 8h46, o segundo, às 9h03; a última torre desmoronou às 10h28.


O terceiro avião foi lançado contra o Pentágono às 9h37, e o quarto caiu em um campo aberto em Shanksville, Pensilvânia, às 10h03. O governo de George W. Bush invadiu o Afeganistão em 2001 e o Iraque em 2003, resultando em duas guerras diretas. A invasão do Afeganistão visava depor o Talibã, que havia abrigado a Al-Qaeda. No Iraque, Saddam Hussein foi acusado de possuir armas de destruição em massa e de ter ligações com a Al-Qaeda, sendo capturado e condenado à morte em 2006.


Os custos das guerras foram exorbitantes, com estimativas apontando gastos de até 8 trilhões de dólares, incluindo 2 trilhões apenas no Afeganistão. Esses custos abrangem despesas diretas e benefícios médicos para veteranos, além de juros sobre a dívida aumentada para financiar os conflitos.


A comunidade internacional, através da ONU, apoiou os EUA, condenando os ataques e reafirmando o compromisso global contra o terrorismo. A invasão do Afeganistão foi a ação mais visível da "Guerra ao Terror", que se tornou um estado de guerra contra grupos extremistas, apesar de o Talibã condenar os ataques enquanto abrigava Osama bin Laden. O Talibã justificou sua recusa em entregar Bin Laden com base em leis locais de hospitalidade, levando à "Operação Liberdade Duradoura", iniciada em 7 de outubro de 2001, por uma coalizão internacional liderada pelos EUA e incluindo mais de 20 países, principalmente da OTAN. A derrubada do Talibã em Cabul foi rápida, mas a captura de Bin Laden e do líder talibã, Mulá Omar, não foi imediata. A guerra se estendeu por anos, culminando na retirada das tropas americanas em agosto de 2021, quando o Talibã retomou o controle do país.


Após os ataques, o presidente dos EUA, George W. Bush, declarou que as forças terroristas, como a Al-Qaeda, e países como Coreia do Norte, Irã e Iraque seriam os principais alvos da política americana, caracterizando-os como parte do "Eixo do Mal". Ele enfatizou que os EUA fariam o necessário para garantir sua segurança, o que levou a uma nova era de diplomacia focada na segurança global. A OTAN invocou pela primeira vez o artigo 5o de seu tratado, considerando o ataque aos EUA como um ataque a todos os membros. Bush autorizou a invasão do Afeganistão em 2001, que se estendeu por 20 anos.


O dia 11 de setembro de 2001 marcou um ponto de inflexão nas relações internacionais, com os atentados provocando uma reavaliação global das questões de segurança e cooperação internacional. Para o Brasil, o impacto foi significativo, tanto em termos políticos quanto econômicos. Politicamente, o governo brasileiro expressou solidariedade aos EUA e condenou os ataques, reconhecendo a gravidade da situação. A Chancelaria e a Presidência da República avaliaram rapidamente as repercussões da crise, que incluíam uma mudança nas prioridades diplomáticas dos Estados Unidos, afetando negociações como a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA). A expectativa era que a política externa americana se tornasse mais unilateral e menos propensa a concessões, o que poderia comprometer acordos comerciais em andamento.


Economicamente, o Brasil enfrentou um cenário de incerteza. As previsões de crescimento do PIB foram revisadas para baixo, com estimativas indicando crescimento inferior a 2% em 2002, devido à recessão global e à desconfiança crescente no mercado norte-americano. Além disso, a instabilidade internacional levou ao fechamento do crédito internacional, impactando a capacidade do Brasil de financiar seu déficit externo.


A cobertura da mídia brasileira sobre os atentados também foi um ponto de discussão, evidenciando a falta de especialistas em temas internacionais nas redações, o que limitou a análise crítica e contextualizada dos eventos. Apesar de avanços na cobertura, a mídia ainda carecia de profundidade na interpretação de questões globais

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