O dia 30 de agosto é reconhecido como o Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimentos Forçados, estabelecido em 2010 pela Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). A data também marca o Dia Internacional dos Presos Desaparecidos, criado por iniciativa da Federação Latino-americana de Associações de Familiares de Presos Desaparecidos (Fedefam).
Essa data tem como objetivo ampliar a luta por verdade, justiça, luta pela memória, reparação e homenageia todos os que passaram por tais atrocidades, caracterizadas por violência, tortura e medo constante.
O desaparecimento forçado, antes associado principalmente a ditaduras militares, tornou-se um problema global, presente em conflitos internos e usado como ferramenta de repressão política. Esse crime afeta especialmente defensores dos direitos humanos, familiares de vítimas, testemunhas e advogados.Além disso, muitos países utilizam atividades antiterroristas como pretexto para violar direitos e perpetuar a impunidade. Grupos vulneráveis, como crianças e pessoas com deficiência, são particularmente afetados. Estima-se que centenas de milhares de pessoas tenham desaparecido durante períodos de conflito e repressão em mais de 85 países.
As Nações Unidas afirmam que os desaparecimentos forçados são uma tática utilizada para semear o terror não só entre as famílias das vítimas, mas em toda a sociedade. Este crime, anteriormente associado principalmente às ditaduras militares, ocorre agora no contexto de vários conflitos internos, muitas vezes como forma de repressão política.
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